JARDINAGEM E HORTA ESCOLAR COMO INSTRUMENTO DE PERCEPÇÃO DO MEIO AMBIENTE
Regina Maria Monteiro de Castilho
Faculdade de Engenharia do Câmpus de Ilha Solteira - FEIS
castilho.re50@gmail.com
18 37431144
Início: 01/03/2019 - Término: 31/12/2019
Meio Ambiente
A utilização de hortas denominadas institucionais, como tema central para educação ambiental e alimentar, evidencia que esta (a horta), inserida na escola, além de se destinar à produção de alimentos, pode ser trabalhada como um processo pedagógico. Através da observação local a criança passa a explorar o seu cotidiano e suas vivências, apresentando questionamentos, julgamentos e ações, assim, os conceitos adquiridos pelas experiências são transformados em conceitos científicos. A construção o conhecimento guiado por perguntas que fazem as crianças acessarem informações que já conhecem aumentam o grau de armazenamento de informações, desperta o instinto de raciocínio lógico, ao invés de respostas prontas. Também, a prática da horta aumenta o interesse pelos vegetais e consequentemente a disposição para uma alimentação saudável, despertar o interesse do aluno em relação ao meio ambiente, utilizando como ferramenta a jardinagem e a horticultura e ressaltar ao estudante a relevância sobre a preservação do meio ambiente inserido no contexto globalizado e atual. No projeto participaram alunos de inclusão, com Transtorno do Espectro do Autismo (TEA), com os quais a horta e o jardim sensorial vem permitir uma integração maior da criança com o meio ambiente, e com si própria. Observa-se também que a horta escolar oferece aos protagonistas a conscientização ambiental e responsabilidade social, alternativas mais sustentáveis que são capazes de desenvolver ação coletiva através da redescoberta da importância do cuidado ao ambiente, como o contato com o solo, seus organismos, etc. Metodologia: CASTILHO, R. M. M.; FEREZIN, D. F. P. ; ALIBERTTI, R. ; RODRIGUES, M. A. C. Jardinagem como terapia ocupacional na recuperação de de pacientes do Cerdif/Ilha Solteira (SP. In: PROEX - UNESP. (Org.). A inovação para o desenvolvimento social Políticas públicas e internacionalização. 1ed.SÃO PAULO - SP: UNESP, 2014, v. , p. 145-152.
A horta escolar permite relacionar a educação ambiental com educação alimentar e valores sociais, tornando possível a participação dos sujeitos envolvidos, desenvolvendo uma sociedade sustentável. Assim, tem-se por objetivo: Despertar o interesse das crianças em relação ao meio ambiente, utilizando como ferramenta a jardinagem e a horta escolar; apresentar a importância da horta escolar como tema central para educação ambiental e alimentar, evidenciando que esta inserida na escola além de se destinar à produção de alimentos, pode ser trabalhada como um processo pedagógico; planejar e dimensionar o ajardinamento da escola, mostrando a importância do ambiente escolar modificado pelos próprios estudantes, despertando o prazer de estar neste meio; Ressaltar ao estudante a relevância sobre a preservação do meio ambiente inserido no contexto globalizado e atual. Sensibilizar e conscientizar as crianças de que a vida depende do ambiente e o ambiente depende de cada pessoa, bem como possibilitar e propagar a ideia de hortas em suas casas, e assim melhorando a dieta familiar. Inserir alunos com Transtorno do Espectro do Autismo (TEA), melhorando sua socialização.
Foi possível: - relacionar educação ambiental com educação alimentar; - despertar o interesse das crianças em relação ao meio ambiente, utilizando como ferramenta a jardinagem e a horta escolar; - a horta foi inserida no processo pedagógico; - foi executado o ajardinamento da escola; - houve inserção do que foi produzido na dieta dos alunos; - houve a sensibilização do estudante com relação a preservação do meio ambiente inserido no contexto globalizado e atual; - foram inserir alunos com Transtorno do Espectro do Autismo (TEA), o houve melhora da sua socialização. Relato da Bolsista Letícia: Hoje em dia, os jovens ficam muito tempo na internet, não tendo contato com o meio ambiente, portanto, é necessário e importante que a escola resgate esse contato. A horta escolar e as atividades relacionadas a esta, contribuem para a construção de valores mais humanizados, estabelecendo desde cedo uma relação das crianças com o meio ambiente. Os alunos da escola foram inseridos nas atividades relacionadas à horta, incentivando-os em relação à preservação da horta. Além disso, foi possível criar uma área produtiva na escola, onde todos se sintam responsáveis pela preservação do local. Os alunos tiveram um papel muito importante no desenvolvimento da horta escolar, pois o projeto possibilitou o contato direto dos alunos com a terra, podendo participar desde a semeadura até a colheita. Ensinando que deveriam ter cuidado com as plantas e respeito com a terra e o meio ambiente. A horta escolar é um ambiente em que os alunos puderam aprender a ter atitudes de cuidado com o meio onde vivem. A Educação Ambiental pode mudar os hábitos das crianças, além de transformar o planeta, proporcionando uma melhor qualidade de vida e melhores condições ambientais. Para isso, é necessário que o aluno tenha vivenciado na prática a educação ambiental através de atividades desenvolvidas. Com a horta escolar, a alimentação das crianças melhora, já que e........
As coordenadoras das escolas confeccionam relatórios no qual demonstram sempre que há interesse dos alunos em participar da horta. As atividades desenvolvidas no Projeto proporcionam motivação e engajamento de bolsista, voluntários, estagiários, alunos e professores. Observamos ser uma ferramenta bastante eficaz na formação dos alunos, onde são abordadas diversas áreas do conhecimento que facilitam o processo de ensino aprendizagem, permitem a relação entre a teoria da sala de aula com a prática sobre a importância do relacionamento entre homem e a natureza e incentivam os educandos a terem uma visão crítica sobre a importância do alimento saudável, obtendo um retorno bastante satisfatório. Os problemas que ocorreram foram relacionados a falta de verba disponibilizada pela UNESP; assim, foi preciso solicitar aos responsáveis pelos alunos a doação que materiais, sendo que nas EMEFs é constrangedor tal situação, principalmente na Paulo Freire, onde os alunos são oriundos de Assentamentos Rurais.
A metodologia é semelhante foi de acordo com CASTILHO, R. M. M.; FEREZIN, D. F. P. ; ALIBERTTI, R. ; RODRIGUES, M. A. C. . Jardinagem como terapia ocupacional na recuperação de pacientes do Cerdif/Ilha Solteira (SP. In: PROEX - UNESP. (Org.). A inovação para o desenvolvimento social Políticas públicas e internacionalização. 1ed.SÃO PAULO - SP: UNESP, 2014, v. , p. 145-152. Atividades desenvolvidas: - Atividades Lúdicas: Conhecendo os alimentos - Jogo de imagens frutas e verduras para relacionar com os respectivos nomes; Filme - Lucas no formigueiro, explicando a vida na sociedade das formigas; Matéria Prima: vídeo e brincadeira para conhecer as matérias primas dos produtos utilizados na alimentação. - Confecção do caixote futuro plantio; Semeadura nos caixotes; Semeadura e Transplante de mudas pra os canteiros da horta; Colheita da pequena produção da horta. - Organização e esquematização da modelagem do Jardim Sensorial (posicionamento de pneus, materiais que seriam utilizados para o piso tátil); - Pesquisa de mudas que se desenvolveriam melhor na área escolhida para plantio; - Semeadura, no jardim sensorial, de boldo, lavanda, tomate-cereja, girassol, manjericão, hortelã, etc; - Semeadura, na horta e no jardim sensorial, de sementes trazidas pelas próprias crianças, como cenoura, alface, cebolinha. - Jogos interativos com as crianças; - Toda a parte sensorial envolvendo o Jardim, como incentivar as crianças a provarem as verduras, cheirarem as folhas, participarem das regas, andarem descalças no piso tátil; - Culinária com os ingredientes da horta; - Pintura com tintas produzidas com solo, areia e plantas. Relato Parcial da Bolsista Letícia sobre o realizado: 3.2 Jogo educativo “Conhecendo o alimento” Este jogo educativo não foi realizado na horta, mas sim dentro da sala de aula. E teve como finalidade ensinar às crianças os nomes das frutas e verduras. O jogo consistia em uma criança ter em sua testa um papel escrito o nome de alguma fruta ou verdura, ela teria que adivinhar, por meio de dicas que os outros alunos davam, qual era o alimento que estava escrito em sua testa, ao final, ela deveria relacionar o nome com o desenho do alimento que estava na parede. Esta atividade é importante para fazer com que as crianças tenham maior conhecimento quanto às frutas, verduras e legumes, incentivando a escolha por alimentos saudáveis, incluindo os alimentos em sua alimentação. Técnicas diferentes de plantio: Além da semeadura, foi também realizado o plantio de mudas nos canteiros. Para tal atividade, foi realizada a semeadura das culturas em sementeira e colocada na casa de vegetação. Após determinado tempo, variável conforme a cultura, as mudas foram plantadas na horta. Foram utilizadas mudas em vez de sementes nos casos em que a semente tem dificuldade de germinação. Tal estratégia foi pensada para não gerar o sentimento de indignação e frustação nas crianças, já que elas esperariam esperançosas pela germinação, que poderia .....
ADAMS, B G., Dinâmicas e atividades para educação ambiental e reflexões sobre as tendências pedagógicas. Novo Hamburgo; APOEMA; 2004; 38p. BASSO, M. Fora da sala: aulas ao ar livre potencializam aprendizagem. 2017. Disponível em: https://www.gazetadopovo.com.br/educacao/fora-da-sala-aulas-ao-arlivre- potencializam-aprendizagem-ch2bcrg3nnuqsiyzeo5lhyl49/. Acesso em 09 abril 2019. BARTZIK, F.; ZANDER, L. D. A Importância Das Aulas Práticas De Ciências No Ensino Fundamental. @rquivo Brasileiro de Educação, Belo Horizonte Mg, v. 8, n. 4, p.31-38, abr. 2016. CARVALHO, C. S. P. O Jardim Sensorial: Um Recurso Para a Estimulação Sensorial de Surdocegos. 2011. Dissertação (Mestrado em Educação Especial) - Instituto Politécnico de Lisboa, Lisboa, PT, 2011. Disponível em: ttps://repositorio.ipl.pt/bitstream/10400.21/817/1/O%20jardim %20sensorial.pdf. Acesso em: 23 jul. 2019 CASTILHO, R. M. M.; FEREZIN, D. F. P. ; ALIBERTTI, R. ; RODRIGUES, M. A. C. . Jardinagem como terapia ocupacional na recuperação de pacientes do Cerdif/Ilha Solteira (SP. In: PROEX - UNESP. (Org.). A inovação para o desenvolvimento social Políticas públicas e internacionalização. 1ed.SÃO PAULO - SP: UNESP, 2014, v. , p. 145-152. EMBRAPA, A importância nutricional das hortaliças. Hortaliças em Revista. Embrapa Hortaliças, Ano I, Número 2, Março/Abril 2012. Disponível em: https://www.embrapa.br> Acesso em: 27 jun 2015 EDUCAÇÃO, Ministério da. Vamos cuidar do Brasil: Conceitos e práticas em educação ambiental na escola. 2. ed. Brasília: Brasília, 2007. 245 p. v. 1. FREIRE, J. L. O. Horta escolar: uma estratégia de aprendizagem e construção do cidadão. Cadernos Temáticos, v. 20, p. 93 –95, 2008. JACOBI, P.; LUZZI, D. Educação e Meio Ambiente – um diálogo em ação.2004. 14f. Texto (Educação e Meio Ambiente – um diálogo em ação- Ciências Sociais) - USP, [S.l.], 2004. KLIN, A. Autism and Asperger syndrome: an overview. New Haven, Connecticut, USA, maio 2006. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?scrip
Os bolsistas relatam o envolvimento dos alunos com o projeto - "O projeto foi extremamente gratificante, pois o conhecimento que os alunos adquiriram foi notável ao decorrer, e concomitantemente a relação que foi construída com os alunos só cresceu o que tornou todo o projeto mais prazeroso." ; ". Além disso, as hortaliças foram utilizadas para alimentação, sendo que o projeto estimula hábitos alimentares saudáveis." O Projeto de Extensão vem sendo realizado com muito sucesso a mais de 10 anos. O retorno é muito positivo nas escolas e principalmente das crianças (sendo que muitas delas se dirigem para a área de Biologia ou Agronomia) e de bolsista e voluntários (pois vários estão atuando na área de educação ambiental Camila Módena, Lucas Lafratta, Renê Furlan*, Lineu Romão*...) *participaram das duas primeiras edições desse projeto. Minha avaliação é que o projeto é um sucesso, tanto junto as crianças, aos alunos de inclusão, quanto aos alunos da UNESP e comunidade escolar. Dificuldades: falta de verba disponibilizada pela UNESP; assim, foi preciso solicitar aos responsáveis pelos alunos a doação que materiais, sendo que nas EMEFs é constrangedor tal situação, principalmente na Paulo Freire, onde os alunos são oriundos de Assentamentos Rurais. Conclusão da Bolsista Letícia: A horta escolar é o espaço propício para que os alunos aprendam os benefícios e as formas de cultivo mais saudáveis, além de aprenderem a se alimentar melhor. Contribuindo para as crianças desenvolverem atitudes de cuidado com o meio onde vivem, proporcionando ainda conhecimento e valores para proteger e melhorar o meio ambiente. As atividades tiveram como fundamento o trabalho em grupo, que é necessário para desenvolver a capacidade de participação e inserção das crianças no meio social. Desenvolvendo maior cooperatividade e menos competitividade nas crianças. Como os adultos já estão acostumados com os costumes antigos, eles têm uma maior dificuldade para mudar os seus hábitos antigos ...
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Escola Municipal de Ensino Fundamental Pofª Benedita Brito da Silva. Alameda São Paulo 401 401 Zona Sul Ilha Solteira SP Escolas da rede pública de ensino básico
Escola Municipal de Ensino Fundamental Prof. Paulo Freire. Rua 21 310 Jardim Aeroporto Ilha Solteira SP Escolas da rede pública de ensino básico
Anexo Descrição
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Download Poster CIC Beatriz
Download Poster CIC Emanuella
Quantidade Característica 1 Característica 2 Característica 3
80 com deficiência intelectual com deficiência mental com deficiência sensorial
120 Educação Infantil Crianças Ensino Fundamental
30 Educação Infantil Crianças
18 Ensino Superior Professores da educação infantil Professores do ensino fundamental